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Como lidar com um endividamento excessivo

O uso descontrolado do cartão de crédito ou o elevado número de pedidos de dinheiro emprestado à família ou amigos, pode gerar uma situação de endividamento excessivo.

Quando se contrai uma dívida, a primeira prioridade deve consistir na liquidação da mesma. No entanto, as campanhas de marketing anunciando produtos que podem ser pagos em prestações, ou a facilidade de obter créditos pessoais, levam os consumidores a uma ilusão de poder de consumo temporário, que não corresponde à realidade. Esta situação pode rapidamente desencadear um endividamento excessivo gerando um buraco financeiro no orçamento familiar.

Por isso, se nota que os seus encargos financeiros não chegam para suportar as dívidas que contraiu, é importante seguir algumas dicas fundamentais para que possa recuperar o controlo da sua vida financeira o mais rapidamente possível.

Como lidar com um endividamento excessivo

1. Tomar consciência das proporções da situação

A tomada de consciência é o primeiro passo no sentido de alterar uma situação de dívida excessiva. Só assim conseguirá alterar hábitos de consumo errados e planear uma solução para sair do buraco financeiro. Fale com amigos e familiares e exponha-lhes a situação. Eles poderão ajudá-lo não só financeiramente, como fornecendo-lhe todo o apoio psicológico que necessita para ultrapassar esta fase.

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É necessário manter a calma e o equilíbrio psicológico para não piorar a situação. Tenha em conta que esta situação pode em alguns casos ser resolvida, desde que adopte medidas que o irão ajudar a recuperar o controlo da sua vida financeira. É preciso tomar consciência de que o fundamental depende de si. Uma mudança drástica de hábitos de consumo é indispensável, mesmo que isso signifique abdicar de alguns caprichos ou comodidades a que esteja acostumado. É crucial evitar qualquer despesa supérflua, e quaisquer vícios que tenha, seja o tabaco, álcool ou jogo têm de desaparecer completamente.

 2. Reavaliar o orçamento familiar

Reavaliar o orçamento familiar e planear estratégias de pagamento é fundamental. É necessário avaliar as despesas obrigatórias e calcular a que percentagem do seu ordenado elas correspondem. Faça um plano mensal do que tem obrigatoriamente de gastar e veja quanto sobra. Essa parcela deve ir quase inteiramente para a liquidação da dívida.

A seguir torna-se essencial identificar as despesas que podem ser reduzidas. Desde o seguro de automóvel ou da casa, ao pacote de televisão ou internet, existem várias despesas que podem ser reduzidas, ao escolher um plano mensal ou anual mais acessível. Opte por um pacote de televisão com menos canais ou um seguro automóvel sem extras. Por outro lado, pode sempre tentar renegociar o contrato com a empresa à qual contratou um serviço, principalmente se encontrar uma opção mais apelativa na concorrência.

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Se tem mais do que uma dívida em atraso, comece por pagar a que tem uma taxa de juro superior ou, caso tenha chegado a esse ponto, multas mais elevadas. Se vê que não consegue pagar mensalmente o valor acordado, não deixe simplesmente de pagar. Muitos bancos e entidades credoras estão dispostos a renegociar os contratos e diminuir as prestações, para poderem reaver pelo menos parte do dinheiro emprestado. Fale com eles, exponha a situação e proponha um plano de pagamento.

É importante fazer alguns sacrifícios enquanto não se livrar dos encargos excessivos. Isto pode significar não ir de férias este ano, não comprar o carro que tanto esperou por comprar, ou o computador novo lá para casa.

 3. Definir uma estratégia de poupança

É importante definir uma estratégia de poupança. Situações imprevistas podem acontecer a qualquer família e é importante estar preparado para isso. Seja um divórcio, uma situação de desemprego ou a doença súbita de algum familiar, deve tentar poupar parte dos seus rendimentos todos os meses, para poder criar um fundo de emergência. Assim fica preparado para lidar com estas hipotéticas situações.

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Existem várias formas de poupar no dia-a-dia. Entre as várias medidas que se podem adotar, se vai de carro para o trabalho, comece a utilizar os transportes públicos ou até mesmo a bicicleta. Evite tomar refeições fora, e faça um plano de refeições semanais procurando aproveitar as sobras do dia anterior. Faça uso da marmita e leve comida de casa para o trabalho, evitando gastar dinheiro em cafés e restaurantes. A alimentação representa uma grande parcela do orçamento familiar e só com esta medida pode poupar bastante ao final do mês.

Caso seja necessário, arranje um part-time. Pode usar algumas das suas capacidades para ganhar algum dinheiro extra ao fim do mês. Pode dar explicações escolares de alguma matéria em que seja entendido, dar aulas de algum instrumento musical que saiba tocar, fazer serviço de babysitting, ou fazer companhia a alguém idoso. Existem vários empregos para os quais não são requeridas habilitações profissionais complexas, pelo que pode aproveitar algum tempo extra para os exercer.

 4. Procure ajuda profissional

Se sente que a situação está a ficar fora do seu controlo, e não consegue realizar nenhum dos passos anteriores, peça ajuda. Se tem familiares ou amigos que o podem ajudar, fale com eles e explique-lhes a situação. Caso contrário, existem várias associações que ajudam as famílias a criar planos de recuperação económica, entram em contacto com as entidades credoras com o intuito de renegociar as condições de pagamento, e disponibilizam aconselhamento gratuito, ajudando as famílias a sair da crise.

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Se conseguir sair da situação, não corra atrás de novos créditos! Se for a sua única opção, estude bem as condições do empréstimo ou peça ajuda a um familiar ou amigo que perceba bem do assunto. E nunca contraia mais do que uma dívida de cada vez. Mais vale investir em formas de ganhar algum dinheiro extra do que cair num sobre-endividamento que lhe pode trazer graves consequências, inclusive a desagregação familiar.

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